quinta-feira, 7 de abril de 2016

[#BEDA 7] Resenha | Invisível, David Levithan & Andrea Cremer


'Todo dia' e 'Will e Will' me deixaram em dúvida se o David Levithan é realmente meu autor favorito, mas depois de terminada a leitura de 'Invisível', pude ter certeza que ele é. Ele, pra mim é um gênio com as palavras, consegue formar quotes de uma linha para a outra, nesse livro podemos ver bem isso, juntamente com o traço de Andrea Cremer, Levithan consegue criar mais uma obra perfeita e fantástica. Espero que depois da minha resenha você vá correndo ler 'Invisível'...

Stephen, o protagonista é invisível desde que nasceu, só se sabe que é uma maldição, sua mãe diz que teve de fazer o parto sozinha com a pouca ajuda do pai, que depois de ele nascer, fugiu por medo de quem fizera isso com ele. Ele nunca se viu, quando se olha no espelho não vê nada, nem ninguém o havia visto, e ninguém o vê. Depois da morte de sua mãe, ele vive sozinho num apartamento em Nova Iorque sustentado pelo pai. O seu dia a dia é bem monótono, entre idas e vindas ao Central Park as escondidas, e nas suas caminhadas pela cidade, Stephen apenas imaginava como seria poder conversar com outra pessoa normal, como seria interagir com seus colegas se cursasse uma faculdade, como seria ter uma vida normal, como seria uma vida em que ele não era o isolado, o invisível.

Sempre foi assim até que Elizabeth, a nova moradora do apartamento na frente do dele derruba suas compras bem na hora que ele iria entrar dentro de casa, isso é normal, Stephen só deveria esperar ela pegar tudo e entrar, mas para sua surpresa/alegria/medo/desespero, ela pede a ele para ajudá-la! Finalmente alguém o vê! Depois de todo esse tempo! Mas e agora? O que ele vai fazer? Se desesperar, ir falar com ela. ligar para seu pai para o levar para muito longe dali??

Bom, primeiramente esse é um dos livros que eu não compraria se estivesse na minha frente, a não ser que tivesse mais nenhum livro na minha frente a não ser esse. Na bienal do ano passado, lá estava eu no estande da Record com dois livros de Levithan na mão: Will e Will e Garoto encontra garoto, indo para o caixa, quando uma vendedora de la vem perto de mim com dois Invisível na mão para colocar na estante do meu lado e diz: "Aah! Você gosta do Levithan? Já li todos e este (o invisível) é o mais lindo!" e eu, apenas um leitor perdido la no estande o que faz??? Isso mesmo, deixa lá o Garoto encontra garoto e pega o invisível... Mas só digo uma coisa: agradeço imensamente aquela vendedora!! 

É um livro lindo, tocante, sensível, fantástico, genuinamente jovem adulto e no estilo Levithan. Parece que estou excluindo a Andrea, mas sei que sem os seus traços de escritora, Elizabeth não teria ficado tão perfeita assim. Pra todos que querem a começar a ler algo do autor é realmente melhor começar por Todo dia, mas depois leia esse que vale tanto a pena quanto qualquer outro YA. Vai ser redundante mas ele é perfeitamente perfeito!

Além de toda a construção dos personagens e do toque de uma crítica à homofobia, um ponto forte do livro para os amantes de viagens é que ele se passa em NYC. E no meio quando se narra as partes que eles estão andando pelo Central Park sob o sol, os pontos de encontros de namorados, famílias, amigos e e outros para fazerem piquenique você consegue ficar muito por dentro da cidade.

Nem tudo são flores, e o grande espinho desse livro é uma coisa que de decepcionou demais, eu percebi onde eles queriam chegar com tal coisa quando começaram a fazer essa coisa mas ela resultou em algo que eu nunca iria imaginar e acabei não gostando, por causa dessa pequena coisa eu acabei dando 4 estrelas, por isso eu recomendo a leitura de Todo dia antes para se acostumar com o Levithan. Eu não vou falar nada dessa coisa que me fez não gostar completamente porque provavelmente é um spoiler, se você já leu vem discutir comigo aqui nos comentários ou nas redes sociais do blog. Espero que tenham gostado!


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