sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

[Resenha] Cira e o Velho, Walter Tierno


O livro começa em primeira pessoa e no decorrer dele começa a se mesclar com a terceira. E logo no início o narrador começa nos contando sobre a sua maior obsessão que é a Cira. Ele a descobriu na sua infância por meio de uma figurinha e dentre todas de sua coleção essa se tornou a sua preferida. Mas afinal, quem é Cira? 

Sinopse: Cira, linda guerreira e bruxa, descende da antiga linhagem das sereias. Sobre o ombro esquerdo, carrega o feroz crânio de seu pai, Cobra Norato. No seu coração, traz o desejo de vingança contra o sertanista Domingos Jorge Velho, assassino de sua mãe. 
Na colorida paisagem de um surpreendente Brasil Colônia, Cira encontra criaturas fantásticas como os reis animais, o guardião dos pés virados, os boitatás e a irmã de seu pai, a terrível Maria Caninana. Mas a maior batalha de Cira terá como cenário o grande Quilombo dos Palmares, quando enfrentará, finalmente, o seu grande inimigo: o Velho.

Cira e o Velho, inspirado no Brasil do século XVII, é uma aventura cheia de ação, humor e surpresas, que mostra a história e o folclore brasileiros como você nunca viu!

Ela é filha de uma bruxa chamada Guaraci e da cobra Norato. Uma menina que depois de viver protegida por um antigo feitiço feito por sua mãe para não morrer por ordem de sua tia, Maria Canina, irmã de seu pai, se revela uma mulher de pele muito clara, em trajes feitos de um reluzente couro escamoso,cabelos negros e olhos vívidos e curiosos. Mas não se engane ela pode ser mortal e ter uma fúria incrível, talvez percebesse se eu já tivesse lhe contado que ela carrega sobre o ombro uma caveira. 


Porém isso e muito mais descobrimos no decorrer do livro e posso lhe garantir que a melhor parte chega quando o nosso narrador se aventura em busca de mais histórias sobre a Cira e vai de encontro ao o que ele mesmo diz ser o mais importante destino dele, um lugar esquecido, onde encontra Dona Nhá que vai não só o guiar pela vida dessa linda guerreira como a nós também.  

Confesso que o que me levou a ler esse livro foi o próprio autor (Walter Tierno). Tive a oportunidade de conhecer as obras dele e ele mesmo em uma das Bienais, e o autor me contando sobre a história me passou uma empolgação que continuou até a última página desse livro. 


A narrativa se passa no Brasil mesmo e o jeito que a história se desenrola é muito legal. Fala sobre o nosso folclore o que deixa tudo ainda mais bacana. Apesar de falar sobre o folclore não é infantil e nos mostra um Brasil tão cheio de cultura e mistério que tenho certeza que quem leu adorou essa atmosfera do livro.

Os personagens falam por si só de tão marcantes e bem construídos que são, e o jeito que a história é contada te prende e te leva pra dentro do livro fazendo que você se envolva a ponto de cair direitinho no mistério.

Quando esse livro acabou e fiquei olhando pros lados igual uma maluca como se o Walter estivesse lá pra eu discutir minha surpresa, o modo em que a história acabou foi genial, eu nunca ia imaginar aquele final. Algo que me fez gostar ainda mais foram as ilustrações que o próprio autor fez o que dá um toque muito pessoal na obra.


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